Revolucionar

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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

NA LUTA PELA EDUCAÇÃO.

MANIFESTO PELO FIM DO VESTIBULAR

Precisamos unir forças, e lutar pela educação de todos e todas, pois ela é um direito. E entendemos a educação para toda a vida, como formação humana, e não para atender as necessidades imediatas do mercado de trabalho.
                Desta forma, somar forças, no sentido de que as garantias à educação sejam asseguradas a tod@s que desejarem estudar no ensino superior é uma das formas de acabarmos com o mercado que se formou em torno do vestibular.
                Pois o mesmo, não mede conhecimento, se não, a quantidade de coisas absurdas que os estudantes têm de decorar, para reproduzir num único dia de vestibular (alguns casos dois ou três dias desgastantes) não seria esquecido no dia seguinte. Depois do período de provas, acaba-se esquecendo, pois nada mais é que uma decoreba, aos moldes do nosso ensino básico. Decoramos tudo, tiramos as notas, passamos. Mas, hoje, não temos CONHECIMENTO.
                Quanto aos trabalhadores estudantes, que tem uma jornada de trabalho excessiva, condições precárias, baixos salários, a educação universitária é uma realidade e privilégio para poucos, que se dispõem a lutar para conseguir o ensino superior. E depois servem de propaganda para a elite-alienada-neomalthusiana-burguesa-positivista justificar, “é só se esforçar que consegue!”
                Temos aqui um processo excludente da classe trabalhadora, pois teve seu ensino básico em escolas públicas, e agora, fica fora dos bancos universitários. Pois não tem tempo para decorar todas as coisas, coisas essas, que depois desses dias de angustias (as provas) nunca mais lhe servirá para a vida, o dia a dia. Apenas os conhecimentos que levará, será aquele que escolheu para sua formação como ser humano, o do cotidiano.
                De acordo com o lingüista Marcos Bagno, em seu livro “preconceito linguístico”, já passou da hora de acabarmos com a entidade vestibular. Segundo Bagno “Com o fim do vestibular, desaparecerá também – assim esperamos ardentemente – toda a indústria que se formou em torno dele: os nefandos cursinhos onde ninguém aprende nada, onde não há nenhuma produção de conhecimento, mas apenas reprodução de informações desconexas, onde centenas de alunos (e não estudantes) se apinham numa sala, onde tudo o que se faz é entupir a cabeça do aluno com truques e macetes que em nada contribuem para a sua verdadeira formação intelectual e humanística” (p.147 – grifo meu)
                Agora, imagine você estudante do PROJETO INTEGRAR, como seria sua educação básica, com a equipe do INTEGRAR? Com vocês um momento para pensar.
                Lutaremos para que a educação seja direito de todos e todas? Que seja formação para vida, de livre acesso aos bancos universitários? Que seja emancipadora?
                Ou, continuaremos pensando única e exclusivamente na nossa vidinha medíocre, individualista, egoísta e capitalista?
Kleicer
Educador popular.

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