Revolucionar

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segunda-feira, 30 de abril de 2012

DAS IDEIAS PARA AS PRÁTICAS - 3a. Reunião da GESTÃO.


3ª. REUNIÃO GESTÃO ESTUDANTIL UNIVERSITÁRIA INTEGRAR.

Onde: Bairro Parque Residencial Ceniro Martins – Forquilhas – São José - DIA – 28-04-12 = casa da Romeine com café comunitário.

APRESENTAÇÃO (7 participantes): BIANCA (BIO), KLEICER (GEO), LUCIANA (CIENCIAS SOCIAIS), ROMEINE (MUSEOLOGIA), MICHELE (ARQUITETURA e URBANISMO), DENISE (MESTRANDA ANTROPOLOGIA), JÚLIA (MESTRANDA ANTROPOLOGIA).

AUSENCIAS JUSTIFICADAS: 1- DÉBORA (SISTEMA DA INFOR) – VIAGEM, 2 – TAMYRES FERRI (AGRONOMIA) – VIAGEM, KEYLA (LÍNGUAS PORT) – FAMÍLIA.

CONQUISTAS DOS DIREITOS ESTUDANTIS NA UFSC
Temos duas estudantes do Integrar com BOLSA PERMANÊNCIA
– MICHELE (ARQUITETURA  E URBANISMO) – Vai participar do Projeto Cidades – no Lab Urb sobre patrimônio histórico. Carga Horária: 20h
- ROMEINE (MUSEOLOGIA) – Vai participar do Projeto Memória e Museologia no departamento de história. Carga Horária: 20h

DEBATE DOS PONTOS DE PAUTA:
1° PONTO- socialização das tarefas que cada um ficou responsável
·         Luciana e Débora: foi encaminhada solicitação para Rádio Campeche, através do Rubens para solicitar o espaço físico para a realização do Brechó no Campeche,
·         Kleicer: desenvolveu um modelo de ficha de cadastro para a gestão estudantil universitária Integrar (modelo aprovado).
·         Romeine: as reformas das roupas para o Brechó estão tudo ok com a sua mãe; podemos expor na UFSC – nas quartas – feiras (precisamos levar e montar barraca).
·         Lucas Niki: sem respostas.
·         Michele – não conseguiu ainda conversar com a responsável da Casa Brasil.

2°PONTO: situação das arrecadações:
  • Luciana – já tem bastantes coisas (+ roupas, sapatos) fez uma pré-seleção,
Tem roupas para pegar em Coqueiros (como buscar – Luciana e Julia vão ver a possibilidade)
  • Michele – tem roupas projeto Brasil – só falta pegar as roupas na quarta – feira (até às 17h),
  • Romeine – conseguiu livros, e roupas que a sua mãe faz.
  • Kleicer – está esperando o povo entregar.
  • Bianca – conseguiu algumas roupas e sapato,
  • Os demais não informaram a situação das arrecadações. (estamos aguardando), 
AVALIAÇÃO FINAL: estamos bem na arrecadação, com dificuldades de buscar as coisas.

3° PONTO: ficha de cadastro para a Gestão Estudantil Universitária Integrar:

O cadastro dos membros efetivos na Gestão Estudantil Universitária Integrar só ocorrerá nas reuniões da Gestão, portanto quem estiver a fim de participar efetivamente tem que comparecer nas reuniões para debater, propor e se envolver nas atividades da Gestão, pois temos muito trabalho na organização das atividades e eventos para conseguir nosso objetivo maior, a permanência dos estudantes do Integrar na Universidade, venha participar junto conosco, faça valer suas ideias.

Nessa reunião se cadastraram sete (7) participantes, assim começamos a formar efetivamente os membros com direitos de voz e voto nas decisões da Gestão Estudantil Universitária Integrar. 
São os seguintes:
1 – Luciana de Freitas Silveira> estudante da 2ª. Fase de Ciências Sociais Noturno na UFSC;
2 – Romeine Kayra Castanha da Rocha> estudante da 1ª. Fase de Museologia da UFSC;
3 – Michele Mafra> estudante da 1ª. Fase de Arquitetura e Urbanismo na UFSC;
4 – Bianca Romeu> educadora popular no Projeto Integrar e estudante da 11ª. Fase de Ciências Biológicas da UFSC;
5 – Júlia Machado Souza> estudante no 2° ano do Mestrado em Antropologia na UFSC;
6 – Denise Refatti> estudante no 1° ano do Mestrado em Antropologia na UFSC;
7 – Kleicer Cardoso Rocha> educador popular no Projeto Integrar, formado em Geografia – Licenciatura na UDESC.

Na próxima reunião (26 de maio) aguardamos a sua participação, para que possas também se cadastrar como membro efetivo na Gestão Estudantil Universitária Integrar.

Lembrando que os membros efetivos têm responsabilidades com todos da Gestão, por isso é fundamental que o coletivo seja informado das ausências em reuniões, e que as tarefas assumidas possam ser cumpridas. Pois só conseguiremos nossos objetivos se LUTARMOS JUNTOS.

4° PONTO: Divulgação e Realização do 1° Brechó da GEUI:
- Lugar do Evento do Brechó da GEUI – na Creche do DUDUCO – centro
- Data: dia 05 de maio de 2012 – das 9 horas às 17 horas.
- cartaz para a divulgação: Romeine está terminando a arte - ok
- lugares para divulgarmos: no Projeto Integrar, nas escolas próximas a comunidade, na UFSC, nos emeio dos nossos amigos, nas redes sociais, no blog da GEUI, na comunidade do Maciço do Morro da Cruz, no sítio do Projeto Integrar.
- concentração das doações: creche do Duduco, à confirmar.
- Ambientação: Sexta-feira será preparado o lugar e a cotação dos preços: responsáveis: Luciana, Romeine, Negrinha (vó da Romeine), Júlia, Michele e Denise às 18h.
- Montar as Araras – Marido da Lu – vai fazer alguns com bambus, Bianca – vai emprestar 24 cabides, Romeine (vai levar alguns), Julia (vai ver se consegue também)
- coisas para comprar: tinta?, pincel atômico (vermelho e preto), cabides,
- Responsável pelo CAIXA no EVENTO: Débora (a confirmar), Bianca vai fazer troco (R$ xx), a mesma já comprou um livro – R$ 5.00
Obs – precisa-se de mais pessoas para que as tarefas não se acumulem em poucas pessoas. Toda ajuda nessa hora é fundamental, principalmente para os membros da Gestão. Agora é a hora da AÇÃO.

 - OUTRAS IDEIAS QUE SURGIRAM:
  • Ideia Michele - PARCERIA CASA BRASIL – para termos um espaço físico.
  • Abrir uma conta: verificando a possibilidade com a Luciana.
 NÓS NO BLOG:
- Acompanhe as nossas atualizações no BLOG DA GESTÃO: http://gestaoestudantil.blogspot.com.br/ (desenvolvido por Carlos Augusto Santos)

PRÓXIMA REUNIÃO  - INSTITUTO DUDUCO – 26-05-12 – CENTRO (com bolo da Julia e Denise)
  • Tarefas pendentes:
Lucas Niki: Feira do Kobrasol, se informar como podemos?
Michele: espaço projeto Brasil – morro do céu.

HASTA LA VICTORIA SIEMPRE – VENCEREMOS – CHE.

debatendo as ideias

JUNTOS PODEMOS TUDO

escrevendo as decisões históricas

Fotos by: Romeine Kayra
Texto by: Kleicer Cardoso Rocha

quinta-feira, 26 de abril de 2012

HOJE NA JUSTIÇA DO BRASIL - STF VOTA SISTEMA DE AÇÕES AFIRMATIVAS.


Pelo menos, sete votos a favor e quatro contra

Hoje o STF julgará as cotas
por Elio Gaspari, na Folha de S. Paulosugestão de Eduardo Guimarães
O Supremo Tribunal Federal julgará hoje a constitucionalidade das cotas para afrodescendentes e índios nas universidades públicas brasileiras. No palpite de quem conhece a Corte, o resultado será de, pelo menos, sete votos a favor e quatro contra. Terminará assim um debate que durou mais de uma década e, como outros, do século 19, expôs a retórica de um pedaço do andar de cima que via na iniciativa o prelúdio do fim do mundo.
Em 1871, quando o Parlamento discutia a Lei do Ventre Livre, argumentou-se que libertando-se os filhos de escravos condenava-se as crianças ao desamparo e à mendicância. “Lei de Herodes”, segundo o romancista José de Alencar.
Quatorze anos depois, tratava-se de libertar os sexagenários. Outro absurdo, pois significaria abandonar os idosos. Em 1888, veio a Abolição (a última de país americano independente), mas o medo a essa altura era menor, temendo-se apenas que os libertos caíssem na capoeira e na cachaça.
Como dizia o Visconde de Sinimbu: “A escravidão é conveniente, mesmo em bem ao escravo”. A votação do projeto foi acelerada pelo clamor provocado pelo linchamento de um promotor que protegia negros fugidos no interior de São Paulo. Entre os assassinos, estava James Warne, vulgo “Boi”, um fazendeiro americano que emigrara depois da derrota do Sul na Guerra da Secessão.
As cotas seriam coisa para inglês ver, “lumpenescas propostas de reserva de mercado”. Estimulariam o ódio racial e baixariam a qualidade dos currículos da universidades. Como dissera o barão de Cotegipe, “brincam com fogo os tais negrófilos”. Os cotistas seriam incapazes de acompanhar as aulas.
Passaram-se dez anos, pelo menos 40 universidades instituíram cotas para afrodescendentes e hoje há milhares de negros exercendo suas profissões graças à iniciativa.
O fim do mundo ficou para a próxima. Para quem acha que existe uma coisa como ditadura dos meios de comunicação, no século 21, como no 19, todos os grandes órgãos de imprensa posicionaram-se contra as cotas. Ressalve-se a liberdade assegurada aos articulistas que as defendiam.
Julgando a constitucionalidade das iniciativas das universidades públicas que instituíram as cotas, o Supremo tirará o último caroço da questão. No memorial que encaminharam na defesa do sistema, os advogados Márcio Thomaz Bastos, Luiz Armando Badin e Flávia Annenberg começaram pelos números:
“Em 2008, os negros e pardos correspondiam a 50,6% da população e a 73,7% daqueles que são considerados pobres. (…) Em 1997, 9,6% dos brancos e 2,2% dos pretos e pardos de 25 ou mais idade tinham nível superior”.
E concluíram: “A igualdade nunca foi dada em nossa história. Sempre foi uma conquista que exigiu imaginação, risco e, sobretudo, coragem. Hoje não é diferente”.
O senador Demóstenes Torres, campeão do combate às cotas, chegou a lembrar que a escravidão era uma instituição africana, o que é verdade, mas não foram os africanos que impuseram as escravatura ao Brasil.
Nas suas palavras: “Não deveriam ter chegado aqui na condição de escravos, mas chegaram….”
Hoje o Supremo virará a última página da questão. Ninguém se lembra de James Barne, mas Demóstenes será lembrado por outras coisas.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Uma aula CHAMADA DANDARA.


          Como educador, cada dia em sala de aula é desafiador, pensar sempre aulas diferentes que possam fazer a diferença na vida e na formação dos seres humanos trabalhadores.

          No meu caso, fiz a escolha em trabalhar na EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS, com trabalhadores que estudam, que labutam dia a dia e a noite entram na sala de aula a fim de desenvolver as habilidades da aprendizagem, para sua vida, e para o seu crescimento profissional.

         O tempo da vida dos que trabalham e estudam tem que ser levado em conta na hora de preparar uma aula, uma atividade, pois o cansaço físico, o sono, são extremamente contrários ao tempo do estudo, da leitura, da análise e da síntese de ideias.

         Na maioria dos casos o estudo para os que trabalham fica em segundo lugar, pois a prioridade é o trabalho, que lhe garantirá o sustento do lar. Ficando assim para o segundo plano a realização do seu antigo sonho de entrar na universidade e dar continuidade nos estudos. Eis um grande fator da evasão, na qual muitos professores desconsideram.

        No entanto, é por isso e para isso que estamos lutando, para que a educação seja pensada para os que trabalham, para que os conteúdos possam dialogar com a realidade e o dia a dia dos educandos, respeitando inclusive os tempos de vida.

        O processo de ensino-aprendizagem é um processo de descobertas, de conquistas, de criarmos as nossas ideias, com novas visões de mundo. Cada estudante cria a sua expectativa com a sua aprendizagem, e muitos vão à sala de aula sabendo que o que vão aprender não fará o mínimo sentido para a sua vida. Por isso, o educador, mais que nunca, precisa se desafiar e romper com o modelo conteudista inútil, que não leva a nada, a não ser a decoreba e doutrinação do corpo.

        Desta forma, o preparo de uma aula não é uma tarefa fácil, é mais difícil que dar a própria aula, pois preparar uma aula implica inúmeras outras atividades pré, ou seja, temos que pensar os inúmeros materiais complementares, como o texto que podemos usar, as música, os vídeos, as abordagens pedagógicas, quais conteúdos queremos trabalhar, pois o objetivo final sempre tem que ser a ampliação do grau de letramento e novas visões de mundo. Romper com o conformismo alienante é necessário e urgente.

       Quando a Aula Dandara foi planejada, o material usado foi pensado, na perspectiva dos trabalhadores, e foi encontrado num artigo do Jornal Brasil de Fato, n° 422, na qual fala de um processo de luta de classes entre a ocupação dos trabalhadores que não tem nada, e a especulação imobiliária que solicita a reintegração de posse, sem no mínimo ter cumprido com seus direitos e deveres com a sociedade brasileira.

       Quando se faz um debate deste, com conteúdo, conseguimos avançar na problematização da situação estudada e se apropriar de novos conhecimentos, como foi o caso, desta aula, na qual o debate ficou em torno de Dandara, pois Dandara representa um movimento de lutas da sociedade brasileira por justiça social, resgatando seu processo histórico, na luta pela libertação dos negros escravizados pelas oligarquias brasileiras. Conseguimos compreender um pouco mais as gritantes desigualdades sociais dos dias de hoje, reflexo do nosso processo histórico de exclusão.

       Ficou evidente o pouco conhecimento dos estudantes quanto à figura e o contexto histórico que Dandara representa, pois os livros de história deste país, ainda representam a visão dos vencedores e ocultam a voz dos vencidos.

      Como nos lembra Paulo Freire “não posso pensar-me progressista se entendo o espaço da escola (sala de aula) como algo neutro, com pouco ou nada a ver com a luta de classes...”. Que os estudantes possam se apropriar dos conhecimentos construídos historicamente, e ampliar suas categorias de analise, para que dentro da universidade possam fazer a luta a favor da classe dos trabalhadores, que ainda não estão dentro da universidade.

     Enquanto tiver um trabalhador estudante fora da universidade, há luta, e enquanto há luta, estaremos construindo uma outra educação possível no Projeto de Educação Comunitária Integrar.



segunda-feira, 16 de abril de 2012

“É inaceitável outra Cúpula das Américas sem Cuba”



Na abertura da Cúpula das Américas, realizada na cidade de Cartagena, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, pediu que fosse deixada para trás a teimosia ideológica na questão cubana e que fosse superado um “anacronismo da guerra fria”. Além disso, afirmou que uma nova reunião de cúpula da região sem a presença de Cuba seria inaceitável. Os governos dos EUA e do Canadá, que se opuseram à presença de Cuba na reunião, acabaram isolados.

Cartagena - Após inaugurar a sexta Cúpula das Américas, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, pediu que fosse deixada para trás a teimosia ideológica na questão cubana e que fosse superado um “anacronismo da guerra fria”. Além disso, afirmou que uma nova reunião de cúpula da região sem a presença de Cuba seria inaceitável. E, da mesma forma, seria inaceitável uma nova cúpula com um Haiti prostrado na pobreza extrema.

Diante da maioria dos mandatários da região, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o primeiro ministro canadense Stephe Harper, que se opuseram à presença de Cuba neste encontro continental, Santos ecoou, assim, a controvérsia surgida na véspera entre os chanceleres, que não chegaram a um acordo sobre o documento final da cúpula. Os dois países da América do Norte rejeitaram incluir no texto a necessidade de incorporar Cuba em futuras reuniões.

Sem nunca citar os Estados Unidos, o presidente anfitrião pediu aos países do continente para que deixassem para trás os paradigmas do passado, criassem pontes e fossem criativos para superar as dificuldades do hemisfério, entre elas a situação de Cuba. O isolamento, o embargo, a indiferença, o olhar para outro lado, já demonstraram sua ineficácia, acrescentou.

Santos sustentou ainda que no mundo de hoje não se justifica esse caminho, que não passa de um “anacronismo que nos mantém presos à era de uma guerra fria superada há várias décadas”. É hora, defendeu, de superar a paralisia provocada pela teimosia ideológica e de buscar consensos mínimos para que esse processo de mudança que também está ocorrendo na ilha chegue a um bom termo, pelo bem do povo cubano.

Para o presidente colombiano, é inaceitável que Cuba não participe da próxima Cúpula das Américas. Não podemos também chegar à próxima cúpula invocando um espírito hemisférico se antes não somos capazes de contribuir, coletivamente, para que o Haiti entre com vigor na senda do crescimento e da superação da pobreza extrema, acrescentou. Ele pediu ainda que em vez de impulsionar agendas próprias, os países do hemisfério, que queiram ajudar, façam sua a agenda do próprio governo haitiano, que conhece melhor do que ninguém as necessidades de seu povo. “Tem faltado o mais importante nos gestos de boa vontade para ajudar o Haiti: conhecer o que quer e o que realmente precisa o povo haitiano”.

A cúpula continente iniciou com a cantora colombiana Shakira, que cantou o hino nacional de seu país diante de um auditório repleto, onde estavam os 31 presidentes da região, no centro de convenções desta histórica cidade cercada de muralhas. Além do de Cuba, somente os presidentes da Venezuela, 
Nicarágua e Equador, por diferentes motivos, não participaram do encontro.

Também participaram da sessão de abertura o secretário geral da Organização de Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, e a secretária executiva da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), Alicia Bárcena, que fizeram um balanço da situação na região e concordaram que não deve haver mais países excluídos.

Insulza, sem mencionar expressamente o caso cubano, defendeu o fim das exclusões e destacou os avanços democráticos que a região vive hoje, além dos aportes e da vitalidade que está transformando os países latino-americanos em uma fortaleza econômica desconhecida até agora. Para o secretário geral da OEA, existem grandes diferenças regionais, mas assinalou que essas diferenças devem ser reconhecidas de modo solidário. A melhor solução, defendeu, é ter diálogo, cooperação e tolerância. Enquanto isso, a funcionária da Cepal afirmou que o progresso e o bem estar dos povos do continente americano constituem uma responsabilidade entre Canadá, Estados Unidos, América latina e Caribe. Ela insistiu que a cooperação é essencial para cumprir uma agenda de desenvolvimento econômico com igualdade, daí a importância da constituição da comunidade dos estados americanos e do Caribe, porque isso mudou a forma de nos relacionarmos.

Tradução: Katarina Peixoto


quarta-feira, 11 de abril de 2012

Ilha das Flores - documentário.


AULA DE HOJE – GEOGRAFIA – ATUALIDADES INTERPRETAÇÃO DA REALIDADE BRASILEIRA E MUNDIAL.

Apresentação do documentário “Ilha das Flores”, com a participação do Professor Alan no debate das ideias.

Ilha das Flores
Descrição: http://www.cineplayers.com/img/linha_tabela.gif
(Ilha das Flores, 1989)
• Direção: Jorge Furtado
• Roteiro: Jorge FurtadoCecília Meireles (poesia)
• Gênero: Documentário/Drama
• Origem: Brasil
• Duração: 13 minutos
• Tipo: Curta-metragem



Sinopse: O filme fala sobre a pobreza do povo brasileiro de forma única e irônica, através da Ilha das Flores, que serve como depósito de comida que a classe média não consome e banquete para os necessitados.


segunda-feira, 9 de abril de 2012

Gestão Estudantil Universitária: ENFIM UMA REALIDADE.


O grupo Gestão Estudantil Universitária Integrar, é um grupo de trabalho, dentro do Projeto de Educação Comunitária Integrar, para organizar os estudantes do Integrar, que foram aprovados nas universidades públicas, e lhes dar suporte para sua permanência na mesma.
O grupo é composto pelos estudantes universitários, que estão a fim de se organizarem para mudar a realidade da universidade brasileira, mudar a concepção das coisas, dos valores, das relações sociais.
São estudantes que acreditaram na ideia do Integrar, como movimento social organizado para inserir estudantes em estado de vulnerabilidade social e /ou estudantes de escolas públicas dentro das universidades, e que hoje também querem participar, para juntos construirmos algo novo.
Desta forma, a organização do grupo, visa à luta coletiva dos estudantes na permanência dentro das universidades.
            Abaixo segue relatório da segunda reunião, do grupo de trabalho, realizada na casa do professor Kleicer, na Costa da Lagoa – Florianópolis/SC, no dia 07-04-12.

RELATÓRIO DA 2ª. REUNIÃO GESTÃO ESTUDANTIL UNIVERSITÁRIA INTEGRAR:

PARTICIPAÇÃO: ROMEINE (estudante de museologia), JADERSON (estudante Integrar, KEYLA (estudante de línguas português), TAMYRES (estudante de agronomia), MICHELE (estudante de arquitetura), BIANCA (prof de BIO Integrar), KLEICER (prof GAIRBM Integrar), DÉBORA (estudante de sistemas da informação), LUCIANA (GESTÃO ESTUDANTIL Integrar – estudante de ciências sociais), GUILHERME (prof de Geo Integrar). LUCAS MELLO (COORD CÉLULA e estudante de direito), LUCAS NIKIFORT (estudante de geografia),

1° ponto de debate – SOCIALIZAÇÃO DOS PRIMEIROS PASSOS UNIVERSITÁRIOS – garantia de direitos (!)
Relato dos estudantes:
– ROMEINE (museologia), CADASTRO FOI aprovado na PRAE, conseguiu RU e curso línguas grátis, graças a união, conseguimos as coisas;
Michele (arquitetura), conseguiu cadastro sócio econômico PRAE, Ru grátis,
Debora (sistema de informação)– só conseguimos esse ano, não tínhamos as informações ano passado, pois não havia a gestão estudantil, esse ano conseguiu,
Luciana – conseguiu a aula de línguas, RU grátis,
Tamyres -  não conseguiu nada na PRAE ainda, porque não conseguiu os documentos da mãe. Tá difícil, conseguiu o e está fazendo apoio pedagógico de matemática. Difícil de manter (questão financeira)
Outros benefícios para os estudantes: os estudantes podem conseguir óculos de grau – tem que apresentar três orçamentos (levar para PRAE),
-  fazer empréstimo de notebook (por 3 horas) na BU.
- conseguir auxilio nas matérias através da Monitoria de cada Matéria.

2° ponto da pauta – PARTICIPAÇÃO DOS GRUPOS DE TRABALHO NA UFSC – responsável LUCIANA
 – palestra sobre cotas – participação da Luciana.
Depoimento: é fundamental participarmos dentro da UFSC, temos que se articular, para podemos ajudar de forma mais qualificada.
A Luciana está participando do grupo de estudos negros – fez um contato com um mestrando na UFSC – Augusto Faguntes – para realizarmos um debate sobre “o processo de dominação territorial de índios e negros no Brasil”.
REFLEXÕES:
Lu - eu passei, não posso ficar no individualismo, temos que pensar em quem ainda não passou.
Kleicer – temos que nos comprometermos em nos unir dentro da UFSC em suas atividades para garantirmos e ampliarmos nossos direitos.
GUI – botar a rale dona da faculdade é acabar com a oligarquia, quem tem o conhecimento hoje é quem tem o dinheiro (capitalismo do conhecimento)
Como quebrar isso? Precisamos mais pessoas para fazer isso.

3° ponto de pauta – IDEIA BRECHÔ – roupas e acessórios e livros
ORGANIZAÇÃO
COMO: pedir aos familiares, amigos, colegas, etc
-PRIMEIRA ARREGADAÇÃO – DEIXAR NAS SUAS PRÓPRIAS CASAS
-fantástica ideia do Lucas NIKI – já fazer uma pré-triagem.
- fazer uma triagem GERAL ( reunião gestão estudantil)- CONFIRMAR COM A MAE DA ROMEINE – confirmado.
 - Arrumação e pequenos ajustes (mãe da Romeine)
ONDE VÃO FICAR AS COISAS PARA O DIA DO BRECHÔ- ?
Campeche – casa da Débora
Kobrasol – casa do Lucas Mello
Centro – casa da Luciana – com ajuda dos amigos para levar.

QUANDO: 28 DE ABRIL – CONCENTRAÇÃO (CONFIRMAR COM A MÃE DA ROMEINE - confirmado

ONDE: realização  do brechô
creche do duduco (centro) e casa da Elis (trindade)
Morro do Céu – contato Michelle – à confirmar.
Dentro da UFSC – Romeine vai ver a possibilidade.
Feira do Kobrasol – Lucas Niki – se informar como podemos?
CAMPECHE: Conversa com o Rubens – radio comunitária (Luciana e Débora)

MOBILIZAÇÃO:
CONVERSA COM OS PROFESSORES, AMIGOS, FAMILÍA, ETC PARA ARRECADAR DOAÇÕES.

REALIZAÇÃO: DATA PREVISTA: O5 DE MAIO – CRECHE DO DUDUCO.
IMPORTANTE: - Comunicação: todos os envolvidos na realização do brechó devem comunicar através do grupo no face, como está o processo.
- para restaurar peças – informar a Romeine.


4 – NOSSA ORGANIZAÇÃO. (REUNIÃO, FICHA DE CADASTRO)
Vamos fazer uma ficha de cadastro para próxima reunião, para cadastrar os que vão efetivamente se envolver no processo da gestão estudantil (buscamos qualidade, não quantidade) – responsável Kleicer (com organização podemos tudo)
Periodicidade: Reunião mensal.

OUTROS:
MATERIAL disponível: BARRACA, MESA. (Lucas Niki)

NOVAS IDEIAS QUE ESTÃO NASCENDO
IDEIA BIANCA – NÃO ENTREGAR DINHEIRO EM MÃOS, MAS MATERIAL QUE NECESSITAREM.
FESTA JULINA – TROTE INTEGRADO DA GINCANA UFSC.
GINCANA COM ESTUDANTES DO INTEGRAR.

PRÓXIMA REUNIÃO  - CASA DA ROMEINE.
HASTA LA VICTORIA SIEMPRE – VENCEREMOS – CHE.
POVO REUNIDO E DEBATENDO AS IDEIAS

GRANDE CHEF GUILHERME E A GALERA

ALMOÇO COMUNITÁRIO NA COMUNA

HECHO POR GUILHERME RAMOS RIBEIRO

GALERA REUNIDA NO TRAPICHE, ESPERANDO O BARCO.
ATÉ A PRÓXIMA.

ESTAMOS FAZENDO HISTÓRIA.
JUNTOS PODEMOS TUDO.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

A ARTE DE APRENDER.


Aproxima-se o dia de completar 10 anos em sala de aula, e essa quarta – feira, com estudantes sedentos por conhecimentos, me fortaleceram ainda mais para continuar caminhando e lutando por um OUTRO MUNDO POSSÍVEL. POR UMA OUTRA EDUCAÇÃO POSSÍVEL.
Quarta – feira, dia 04-04 de 2012, sempre as quartas, esse ano, as aulas no Projeto de Educação Comunitária Integrar é assim, tudo começa com um boa noite de estrarlar as paredes, correspondido, às vezes, pelos estudantes trabalhadores, com exceção da sala 2 que está num pique fenomenal nas aulas, e sempre com os pulmões cheios para dar um boa noite daqueles. Obrigado por essa recepção calorosa.
Em sala de aula, o professor tem um papel fundamental na formação dos seres humanos, que fazem todo dia intervenções na sociedade, porém a forma que fazem, muitas vezes não corresponde com os princípios dos seres humanos, de respeita à vida de todos. Assim o papel do professor é desafiador, não é o de dar respostas, é o de ensinar a fazer perguntas, de estimular os estudantes a falarem, falarem e falarem, de terem suas próprias ideias, para desenvolverem seus próprios argumentos. Isso tem acontecido em mais um início de ano no Projeto Integrar.
Aos que já foram meus estudantes, já me conhecem! conhecem a metodologia, as articulações das ideias, o quadro “legível” com “esquemas organizados”, pensado com a finalidade de melhor compreendermos a lógica da formação e estruturação da nossa sociedade. Aos estudantes novos, suas caras são de espanto! Ficam se questionando (que loucura é essa), muitos até duvidam que estão dentro de uma sala de aula, estão fechados no seus mundinhos individualistas, que não conseguem ver o diferente. Gostaria de alertá-los, que os mais certos nessa sociedade do egoísmo são os errados, os que ainda tem as mentes abertas para pensar o novo.
            A universidade é um exemplo disso, carece desses seres humanos pensantes. A grande maioria é mero repetidor de professor, mero escrevinhador de cadernos, ou mero leitor de cópias de partes do livro. São poucos os que causam e são a diferença na Universidade. No Projeto Integrar, estamos construindo uma Gestão Estudantil dentro da Universidade, para podermos participar e garantir além do acesso dos estudantes trabalhadores a sua permanência, na qual é muito difícil, devido aos altos custos.
Os acontecimentos desta quarta feira, em muito me alegraram, tivemos a participação da Luciana, estudante de ciências sociais na UFSC, participante do Projeto Integrar na Gestão Estudantil Universitária – e cheia de ideias revolucionárias, conduzimos o debate das ideias junto com os estudantes.
Foi proposto aos estudantes de todas as salas uma pergunta inicial para iniciarmos os debates, problematizando e interpretando nossa sociedade. Na sala 1, tivemos um excelente debate iniciado pelo estudante Clainton, que questionou sobre a liberdade de expressão, se havia ou não, a partir desta questão, fomos construindo os argumentos e compreendendo como vivemos hoje em nosso país.
Na Sala 3, não foi diferente, com um debate acalorado, a partir de dois questionamentos, um acerca dos investimentos na educação de um país subdesenvolvido como o Brasil – pergunta feita pela estudante Silvia, e o outro sobre a problemática do Oriente Médio – pergunta feita pela estudante Daniela, principalmente o caso do Egito e suas políticas macro econômicas. Muitas ideias, das quais pouquíssimas eu concordo, mas, o importante nesse momento é que elas sejam faladas, pois vamos ao longo do ano desenvolvendo nossa arguição. Nos falta e muito leitura, e categorias para analisar a realidade, tanto brasileira como mundial. O que se viu nos argumentos, fui muito um repeteco do que se vê na TV, nos jornais impressos e no face, sem compreensão do processo histórico, ficando uma análise rasa.
Para fechar a noite, na sala 2, o debate pegou fogo na sala, com inúmeros questionamentos, perguntas, dúvidas, curiosidades. ASSIM É GOSTOSO DEMAIS DE DAR AULA. Primeiro questionamento foi feito pelo estudante Jeferson Fernandes, sobre o Wikileads e a sociedade da informação, o segundo questionamento foi feito pela estudante Jainara, foi uma pergunta ousada, corajosa, de quem está ali muito a fim de aprender, de construir, cheia de curiosidades, e com ideias aflorando. Muito bem, a pergunta foi mais ou menos assim: “porque você (kleicer) dá aula desta forma”. Desde já muito obrigado Jainara pela pergunta. A resposta fica com aqueles que participaram desde momento histórico, de mais uma aula realizada com muito êxito.
Sobre a aula, a estudante Gabrielli Beuter comentou o seguinte: AULA que presta mesmo não precisa ser anotada no caderno.. ta tudo na mente... pra que caderno né?? quem sabe de verdade entende o que ta no quadro!
Foi um aquecimento, quando mais os estudantes participarem, mais vão aprender a desenvolverem suas ideias próprias.
Gostaria de registrar também a participação do estudante Carlos Augusto, participante da Gestão Estudantil do Projeto Integrar, estudante de Educação Física.
Sejam bem vindos todos e todas à participar dos debates. Valeu Galera. Hasta La Victória Siempre. VIVA CHE.

                                            FOTO by Gabrielli Beuter
Kleicer Cardoso Rocha - 05-04-2012.
Educador.