Revolucionar

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segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

CRÔNICA INTEGRAR - quando das eleições.

DEBATER, POLEMIZAR, CRIAR FATOS SOCIAIS. O PROJETO INTEGRAR É FEITO DE HUMOR TAMBÉM, ASSIM CONSTRUÍMOS E MOSTRAMOS NOSSAS IDEIAS E FORMAS DE FAZER EDUCAÇÃO.

A SEGUIR UMA CRÔNICA FEITA POR UM DOS PROFESSORES DO INTEGRAR, NA ÉPOCA DAS ELEIÇÕES, NA QUAL DE FORMA HUMORADA, ME COLOCA NA HISTÓRIA. VALE A PENA LER. 


"Segundo especialistas em política educacional, dentro de um grande rol de privatizações, há uma grande chance de o Projeto Integrar ser privatizado caso o candidato Aécio Never ganhe as eleições. 

Uma fonte segura, que teme represálias e não quer se identificar, garante que viu integrantes da ala PSDBista do Projeto Integrar, liderados por Kleicer, numa reunião secreta com assessores do candidato. 

O valor das mensalidades, entre outras barbáries, já estariam até definidos. 

Para angariar votos o candidato prometeu assinaturas de revista Veja aos alunos. 

Outros integrantes PSDBistas, do projeto, GuilhermeBruno tem voado frequentemente em helicópteros "carregados" para aeroportos particulares em MG para reuniões com familiares do candidato.

Temo pelo futuro do projeto."

cronista: professor de física do Projeto Integrar Victor Vital Pigozzo.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

ESTUDANTE REVOLUCIONÁRIA 2014 – TAMYRES FERRI: PRESENTE


Tamyres Ferri com as crianças da Comunidade José Boiteux – Maciço do Morro da Cruz/Fpolis 2014
              
            São poucos aqueles estudantes EXTRAORDINÁRIOS, que fazem a diferença e revolucionam o cotidiano. Estudante com visão de mundo, pronto a se envolver, participar e transformar a realidade desigual.

                      Lembro-me da sala de aula, no Projeto Integrar, na escola pública Henrique Stodieck, no ano de 2011, na segunda carteira da fila do meio, sempre muita atenda as aulas, seu olhar brilhante a cada encontro. Essa estudante, que tive a oportunidade de compartilhar os conhecimentos, se chama Tamyres Ferri.
   
                  Após participar do Integrar, a estudante foi aprovada no curso de Agronomia da UFSC, um curso de período integral, porém continuou no Integrar, com a Equipe da GESTUS (Gestão Estudantil Universitária Integrar ).

                Com seus conhecimentos produzidos na academia, e com a participação na GESTUS, as ideias e o envolvimento foram amadurecendo, as experiências foram se concretizando, até que nesse ano de 2014, a estudante Tamyres Ferri, pode tomar a iniciativa junto com os estudantes da GESTUS e dar início a uma intervenção social na Comunidade José Boiteux.

                Surge aí, o projeto da Horta Comunitária da GESTUS. Com muito trabalho, desde a busca das sementes, a limpeza do terreno, o preparo da terra, mas com as múltiplas mãos, fomos da teoria à prática trabalhar as nossas ideias, com os estudantes da GESTUS concretizando nossos sonhos na Horta.

                Com essa ação, podemos ver o papel transformador que a educação pode cumprir na nossa sociedade, e é isso que estamos desenvolvendo com o Projeto de Educação Comunitária Integrar, deste as primeiras aulas, com um debate problematizador da nossa sociedade do capital, das mazelas das desigualdades, dialogando com a realidade dos nossos estudantes.

                Assim, quando os estudantes do INTEGRAR entram na universidade, não entram para viver uma jornada individualista, egoísta. Mas sim, desenvolver os conhecimentos para cumprir com a função social de um estudante universitário. Compartilhar seus conhecimentos com a comunidade, fazendo um desenvolvimento de base local.

                Com a GESTUS, um coletivo de estudantes do Projeto Integrar, conseguimos articular os conhecimentos dos estudantes, auxiliando na sua permanência na universidade, com um compromisso social responsável perante a sociedade.

                Nosso compromisso é transformar nossas múltiplas realidades, por isso, estudantes como a Tamyres Ferri, são fundamentais, e merece todo o reconhecimento como ESTUDANTE REVOLUCIONÁRIA, que colocou seus conhecimentos no desenvolvimento de uma sociedade mais humana, social e solidária.

                Muito orgulho menina, de ser seu professor no Integrar, companheiro de LUTA na GESTUS, e amigo de caminhada.

                Outros estudantes estão na luta conosco, desenvolvendo seus projetos de intervenção social. E 2015 teremos mais atuação, participação e envolvimento dos estudantes INTEGRAR-GESTUS.

                Por que JUNTOS, SOMOS MAIS FORTES.

                JUNTOS, PODEMOS TUDO. POR QUE É PRECISO REVOLUCIONAR.

Kleicer – educador Projeto Integrar, membro da GESTUS.


Fotos da nossa AÇÃO TRANSFORMADORA. DAS IDEIAS ÀS PRÁTICAS.

(ver mais Projeto Integrar em http://www.projetointegrar.org/)
(ver mais sobre a GESTUS no sítio: http://gestaoestudantil.wix.com/gestus).

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

A doença da "normalidade" na universidade. VEM PRA GESTUS.

Somos todos normóticos em um sistema acadêmico de formação de pesquisadores e de produção de conhecimentos que está doente, e nossa Normose acadêmica tem feito naufragar o pensamento criativo e a iniciativa para o novo em nossas universidades

Doença sempre foi algo associado à anormalidade, à disfunção, a tudo aquilo que foge ao funcionamento regular. Na área médica, a doença é identificada por sintomas específicos que afetam o ser vivo, alterando o seu estado normal de saúde. A saúde, por sua vez, identifica-se como sendo o estado de normalidade de funcionamento do organismo.
Numa analogia com os organismos biológicos, o sociólogo Émile Durkheim também sugeriu como identificar saúde e doença em termos dos fatos sociais: saúde se reconhece pela perfeita adaptação do organismo ao seu meio, ao passo que doença é tudo o que perturba essa adaptação.
Então, ser saudável é ser normal, é ser adaptado, certo? Não necessariamente: apesar de Durkheim, há quem considere que do ponto de vista social, ser normal demais pode também ser patológico, ou pode levar a patologias letais.
Os pensadores alternativos Pierre Weil, Jean-Ives Leloup e Roberto Crema chamaram isto de Normose, a doença da normalidade, algo bem comum no meio acadêmico de hoje. Para Weil, a Normose pode ser definida como um conjunto de normas, conceitos, valores, estereótipos, hábitos de pensar ou de agir, que são aprovados por consenso ou por maioria em uma determinada sociedade e que provocam sofrimento, doença e morte. Crema afirma que uma pessoa normótica é aquela que se adapta a um contexto e a um sistema doente, e age como a maioria. E para Leloup, a Normose é um sofrimento, a busca da conformidade que impede o encaminhamento do desejo no interior de cada um, interrompendo o fluxo evolutivo e gerando estagnação.
Estes conceitos, embora fundados sobre um propósito de análise pessoal e existencial, são muito pertinentes ao que se vive hoje na academia. Aqui, pela Normose não é apenas o indivíduo que adoece, que estagna, que deixa de realizar o seu potencial criador, mas o próprio conhecimento. E não apenas no Brasil, também em outras partes do mundo.
Peter Higgs, Prêmio Nobel de Física de 2013 disse recentemente que não teria lugar no meio acadêmico de hoje, que não seria considerado suficientemente produtivo, e que, por isso, provavelmente não teria descoberto o Bosão de Higgs (a “partícula de Deus), descrito por ele em 1964 mas somente comprovado em 2012, quase 50 anos depois, com a entrada em funcionamento de uma das maiores máquinas já construídas pelo homem, o acelerador de partículas Large Hadron Collider. Higgs contou ao The Guardian que era considerado uma “vergonha” para o seu Departamento pela baixa produtividade de artigos que apresentava, e que só não foi demitido pela possibilidade sempre iminente de um dia ganhar um Nobel, caso sua teoria fosse comprovada. Ele reconheceu que, nos dias de hoje, de obsessão por publicações no ritmo do “publique ou pereça”, não teria tempo nem espaço para desenvolver a sua teoria. À sua época, porém, não só o ambiente acadêmico era outro como ele próprio era um desajustado, um anormal, uma espécie de dissidente que trabalhava sozinho em uma área fora de moda, a física teórica expeculativa. Então, sua teoria é também fruto desta saudável “anormalidade”.
A mim, embora não surpreendam, as declarações de Higgs soam estarrecedoras: ou seja, com os sistemas meritocráticos de avaliação de hoje, que privilegiam a produção de artigos e não de conhecimentos ou de pensamentos inovadores, uma das maiores descobertas da humanidade nas últimas décadas, que rendeu a Higgs o Nobel em 2013, provavelmente não teria ocorrido, como certamente muitos outros avanços científicos e intelectuais estão deixando de ocorrer em função dos sistemas atuais de avaliação da “produtividade em pesquisa”. É a Normose acadêmica fazendo a sua maior vítima: o próprio conhecimento.
Aliás, nunca se usou tanto a autoridade do Nobel para apontar os desvios doentios do nosso sistema acadêmico e científico como em 2013. Randy Schekman, um dos ganhadores do Nobel de Medicina deste ano, em recente artigo no El País, acusou as revistas Nature, Science e Cell, três das maiores em sua área, de prestarem um verdadeiro desserviço à ciência, ao usarem práticas especulativas para garantirem seus mercados editoriais. Schekman menciona, por exemplo, a artificial redução na quantidade de artigos aceitos, a adoção de critérios sensacionalistas na seleção dos mesmos e um absoluto descompromisso com a qualificação do debate científico. E afirmou que a pressão para os cientistas publicarem em revistas “de luxo” como estas (de alto impacto) encoraja-os a perseguirem campos científicos da moda em vez de optarem por trabalhos mais relevantes. Isto explica a afirmação de Higgs sobre ser improvável a descoberta que lhe deu o Nobel no mundo acadêmico de hoje.
O próprio Schekman publicou muito nestas revistas, inclusive as pesquisas que o levaram ao Nobel: diferentemente de Higgs, que era um dissidente, Schekman também já sofreu de Normose. Porém, agora laureado, decidiu pela própria cura e prometeu evitar estas revistas daqui para adiante, sugerindo não só que todos façam o mesmo, como também que evitem avaliar o mérito acadêmico dos outros pela produção de artigos. Foi preciso um Nobel para que se libertasse da doença.
A atual Normose acadêmica se deve à meritocracia produtivista implantada nas universidades, cujos instrumentos, no Brasil, para garantir a disciplina e esta doentia normalidade são os sistemas de avaliação de pesquisadores e programas de pós-graduação, capitaneados principalmente pela CAPES e CNPq. Estes sistemas têm transformado, nas últimas décadas, docentes e alunos em burocráticos produtores de artigos, afastando-os dos reais problemas da ciência e da sociedade, bem como da busca por conhecimentos e pensamentos realmente novos. A exigência de produtividade é um estímulo ao status quo, obstruindo a criatividade, a iniciativa, o senso crítico e a inovação, pois inovar, criar, empreender, fugir ao normal pode ser perigoso, pode ser incerto, pode ser arriscado quando se tem metas produtivas a cumprir; portanto, não é desejável: o mais seguro é fazer “mais do mesmo”, que é ao que a Normose acadêmica condenou as universidades e seus integrantes ao redor do mundo.
Eu escrevi em um artigo de 2013 que a meritocracia leva a uma ilusão de eficiência e progresso que não podem se realizar, porque as meritocracias modernas são burocracias. Como bem ensinou Max Weber, a burocracia é uma força modeladora inescapável quando se racionaliza e se regulamenta algum campo de atividade, como acontece no sistema científico atual. Para supostamente discriminar por mérito pessoas e organizações acadêmicas, montou-se um tal sistema de regras, critérios avaliativos, hierarquias de valor, indicadores, etc., que a burocratização das ações acadêmicas tornou-se inevitável. Agora é este sistema que orienta as ações dos acadêmicos, afastando-os de seus próprios valores, desejos e convicções, para agirem em função da conveniência em relação aos processos avaliativos, visando controlar os benefícios ou penalidades que eles impõem. Pessoas sob regimes de avaliação meritocráticos se tornam burocratas comportamentais; e burocratas, como se sabe, pela primazia da conformidade organizacional a que se submetem, tornam-se inexoravelmente impessoalistas, formalistas, ritualistas e avessos a riscos e a mudanças. Tornam-se normóticos, preferindo, no caso da academia, uma produção sem significado, sem relevância, sem substância inovadora porém segura, a aventurarem-se incertamente em busca do novo.
Agora, depois de já ter escrito isto naquele artigo, descubro que o Nobel de Medicina de 2002, o sul-africano Sydney Brenner, em entrevista de fevereiro deste ano à King’s Reviw, afirmou exatamente o mesmo. Dentre outras coisas, disse ele que as novas ideias na ciência são obstruídas por burocratas do financiamento de pesquisas e por professores que impedem seus alunos de pós-graduação de seguirem suas próprias propostas de investigação. É ao menos alentador perceber que esta realidade insólita não é apenas uma versão tupiniquim da busca tardia e equivocada por um lugar o sol no campo acadêmico atual, mas uma deformação que assola também os “grandes” da arena científica mundial. E também constatar que os laureados com a distinção do Nobel tem se percebido disto e denunciado ao mundo.
De certa forma, todos na academia sabem que estes sistemas de avaliação acadêmicos têm levado a um produtivismo estéril, mas isto não tem sido suficiente para mudar nem as condutas pessoais, nem as diretrizes do sistema, porque a Normose é uma doença coletiva, não individual. Ela advém da necessidade de legitimação do indivíduo frente ao sistema de regras, normas, valores e significados que se impõe a ele. Por isto é que o pesquisador australiano Stewart Clegg afirmou, certa vez, que “pesquisadores que buscam legitimação profissional podem com muita facilidade ser pressionados a aprender mais e mais sobre problemas cada vez mais desinteressantes e irrelevantes, ou a investigar mais e mais soluções que não funcionam”.
Mas agora me advém uma questão curiosa: por que tantos Nobéis tem denunciado este sistema? Creio que porque do alto da distinção recebida, eles já não tem mais nenhum compromisso com a meritocracia acadêmica, e podem falar do dano que ela causa às ideias realmente inovadoras que, inclusive, podem levar à láurea. Mas também porque o Nobel foge à lógica da meritocracia, ele não é um mecanismo meritocrático, portanto, não é burocrático. Ele é até mesmo político, antes de ser meritocrático e burocrático! É um reconhecimento de “mérito” sem ser uma “cracia”. Ou seja, não há, através dele, um sistema de governo das atividades científicas, e por isso ele não leva a uma racionalidade formal, pois ninguém em consciência normal pautaria sua atividade acadêmica quotidiana pela improvável meta de, talvez já na velhice, ganhar o Nobel; e mesmo que tivesse este excêntrico propósito como pauta, teria que fugir da meritocracia que governa os sistemas científicos atuais para chegar a um lugar reconhecidamente distinto, pois ser normal não leva ao Nobel.
Mas este não é o mundo da vida dos seres acadêmicos de hoje, aqui vivemos em uma meritocracia burocrática, e num contexto assim, pouco adiantam as advertências da editora-chefe da revista Science, Marcia McNutt, publicados no Estadão, de que a ciência brasileira precisa ser mais corajosa e mais ousada se quiser crescer em relevância no cenário internacional. Segundo ela, para criar essa coragem é preciso aprender a correr riscos, e aceitar a possibilidade de fracasso como um elemento intrínseco do processo científico. Mas quando as pessoas são penalizadas pelo fracasso, ou são ensinadas que fracassar não é um resultado aceitável, elas deixam de arriscar; e quem não arrisca não produz grandes descobertas, produz apenas ciência incremental, de baixo impacto, que é o perfil geral da ciência brasileira atualmente, segundo ela. É a Normose acadêmica “a brasileira” vista de fora.
Somos todos normóticos em um sistema acadêmico de formação de pesquisadores e de produção de conhecimentos que está doente, e nossa Normose acadêmica tem feito naufragar o pensamento criativo e a iniciativa para o novo em nossas universidades. Sem eles, porém, não há futuro significativo para a vida intelectual dentro delas, nem na ciência nem nas artes.
Texto de Renato Santos de Souza, publicado no E-Book: NASCIMENTO, L.F.M. (Org.) Lia, mas não escrevia (livro eletrônico): contos, crônicas e poesias. Porto Alegre: LFM do Nascimento, 2014.

FONTE: IN:http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/07/a-doenca-da-normalidade-na-universidade.html

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

MINHA SÉRIE - CHEGADAS E PARTIDAS - HISTÓRIAS DE VIDAS E EMOÇÕES

Uma grande certeza da vida, as fronteiras não devem existir. Ainda bem que o povo rompem com essas linhas imaginárias, que causa tantos conflitos, dores e angustias.

Essa série Chegadas e Partidas, conta, mostra as histórias das vidas, que se cruzam, se separam e se juntam. Tudo isso com muita emoção.

Para quem se realiza em viver viajando, partindo e chegando, longe da família, dos amigos sabe o sabor das emoções, dos choros de alegria, de tristeza.

Mas o importante da vida é que nos movemos, e ninguém nos segurará. pois VIVEREMOS CADA MOMENTO DA VIDA, PELO MUNDO. AFINAL MINHA CASA É O MUNDO.

assista abaixo um episódio da série, que está na sexta temporada.


sábado, 6 de dezembro de 2014

MADIBA VIVE - A RESISTÊNCIA CONTINUA.

O coro musical Soweto Gospel Choir, da África do Sul, preparou um flash mob em homenagem ao ex-presidente Nelson Mandela. Vestidos como funcionários de um supermercado em Soweto, os membros do grupo começaram a entoar, um a um, a canção “Asimbonanga”, dedicada ao líder.

A canção foi composta pelo músico sul-africano Johnny Clagg durante os anos 1970, quando Madiba ainda estava na prisão. A letra diz: “Não vimos ele/ Não vimos Mandela/ No lugar onde ele está/ No lugar onde ele é mantido”.

FONTE:http://www.pragmatismopolitico.com.br

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Banco Mundial diz que Cuba tem a melhor Educação da América Latina e do Caribe. MAS A GLOBO NUNCA DIRÁ.

O Banco Mundial acaba de publicar um relatório revelador sobre a problemática da educação na América Latina e no Caribe. Intitulado Professores excelentes. Como melhorar a aprendizagem na América Latina e no Caribe, o estudo analisa os sistemas educativos públicos dos países do continente e os principais desafios que enfrentam. 1
Na América Latina, os professores de educação básica (pré-escolar, primária e secundária) constituem um capital humano de 7 milhões de pessoas, ou seja, 4% da população ativa da região, e mais de 20% dos trabalhadores técnicos e profissionais. Seus salários absorvem 4% do PIB do continente e suas condições de trabalho variam de uma região para outra, inclusive dentro das fronteiras nacionais. Os professores, mal remunerados, são, em sua maioria, mulheres — uma média de 75% — e pertencem às classes sociais modestas. Além disso, o corpo docente supera os 40 anos de idade e considera-se que esteja “envelhecido”. 2
O Banco Mundial lembra que todos os governos do planeta escrutinam com atenção “a qualidade e o desempenho dos professores” no momento em que os objetivos dos sistemas educativos se adaptam às novas realidades. Agora, o foco está na aquisição de competências e não apenas no simples acúmulo de conhecimentos.
As conclusões do relatório são implacáveis. O Banco Mundial enfatiza “a baixa qualidade média dos professores da América Latina e do Caribe”, o que constitui o principal obstáculo para o avanço da educação no continente. Os conteúdos acadêmicos são inadequados e as práticas ineficientes. Pouco e mal formados, os professores consagram apenas 65% do tempo de aula à instrução, “o que equivale a perder um dia completo de instrução por semana”. Por outro lado, o material didático disponível continua sendo pouco utilizado, particularmente as novas tecnologias de informação e comunicação. Além disso, os professores não conseguem impor sua autoridade, manter a atenção dos alunos e estimular a participação. 3
De acordo com a instituição financeira internacional, “nenhum corpo docente da região pode ser considerado de alta qualidade em comparação aos parâmetros mundiais”, com a notável exceção de Cuba. O Banco Mundial aponta que “na atualidade, nenhum sistema escolar latino-americano, com a possível exceção de Cuba, está perto de mostrar os parâmetros elevados, o forte talento académico, as remunerações altas ou, ao menos, adequadas e a elevada autonomia profissional que caracteriza os sistemas educativos mais eficazes do mundo, como os da Finlândia, Singapura, Xangai (China), da República da Coreia, dos Países Baixos e do Canadá”. 4
De fato, apenas Cuba, onde a educação tem sido a principal prioridade desde 1959, dispõe de um sistema educativo eficiente e com professores de alto nível. O país antilhano não tem nada para invejar das nações mais desenvolvidas. A ilha do Caribe é, além disso, a nação do mundo que dedica a parte mais elevada do orçamento nacional (13%) para a educação. 5
Não é a primeira vez que o Banco Mundial elogia o sistema educacional de Cuba. Em um relatório anterior, a organização lembrava a excelência do sistema social da ilha:
“Cuba é internacionalmente reconhecida por seus êxitos nos campos da educação e da saúde, com um serviço social que supera o da maior parte dos países em vias de desenvolvimento e em certos setores se compara ao dos países desenvolvidos. Desde a Revolução Cubana, em 1959, e do subsequente estabelecimento de um governo comunista com partido único, o país criou um sistema de serviços sociais que garante o acesso universal à educação e à saúde, proporcionado pelo Estado. Esse modelo permitiu a Cuba alcançar a alfabetização universal, erradicar certas doenças, [prover] acesso geral à água potável e salubridade pública de base, [atingir] as taxas mais baixas da região de mortalidade infantil e uma das maiores expectativas de vida. Uma revisão dos indicadores sociais de Cuba revela uma melhora quase contínua de 1960 até 1980. Vários indicadores principais, como a expectativa de vida e a taxa de mortalidade infantil continuaram melhorando durante a crise econômica do país nos anos 90 […]. Atualmente, os serviços sociais de Cuba são parte dos melhores do mundo em desenvolvimento, como documentam numerosas fontes internacionais, incluindo a Organização Mundial da Saúde, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, além de outras agências da ONU e o Banco Mundial […]. Cuba supera amplamente a América Latina, o Caribe e outros países de renda média nos indicadores principais: educação, saúde e salubridade pública”. 6
O Banco Mundial lembra que a elaboração de bons sistemas educacionais é vital para o futuro da América Latina e do Caribe. Reforça, também, o exemplo de Cuba, que alcançou a excelência nesse setor e é o único país do continente que dispõe de um corpo docente de alta qualidade. Esses resultados são explicados pela vontade política do governo do país caribenho de colocar a juventude no centro do projeto de sociedade, dedicando os recursos necessários para a aquisição de saberes e competências. Apesar dos recursos limitados de uma nação do Terceiro Mundo e do estado de sítio econômico imposto pelos Estados Unidos há mais de meio século, Cuba, baseando-se no adágio de José Martí, seu apóstolo e herói nacional, “ser culto para ser livre”, demonstra que uma educação de qualidade está ao alcance de todas as nações.
1. Barbara Bruns & Javier Luque, Profesores excelentes. Cómo mejorar el aprendizaje en América Latina y el Caribe, Washington, Banco Mundial, 2014. (site consultado no dia 30 de agosto de 2014).
2. Ibid.
3. Ibid.
4. Ibid.
5. Salim Lamrani, Cuba : les médias face au défi de l’impartialité, Paris, Estrella, 2013, p. 40.
6. Ibid., p. 87-88.

Salim Lamrani, Opera Mundi IN:http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/09/cuba-tem-melhor-educacao-da-america-latina-diz-banco-mundial.html

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

CUBA - HUHUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU.

Universidad de La Habana
Facultad de Geografía



XV ENCUENTRO DE GEÓGRAFOS DE AMÉRICA LATINA
“Por una América Latina unida y sostenible”
La Habana, Cuba, 6 al 10 de abril del 2015


La Habana, 24 de Noviembre del 2014

Estimado (a) (s): Kleicer Cardoso Rocha  y Rosa Elisabete Militz W. Martins

El Comité Ejecutivo del XV Encuentro de Geógrafos de América Latina “Por una América Latina unida y sostenible”, a celebrase en el Palacio de Convenciones de La Habana, Cuba, entre los días 6 al 10 de abril del 2015, tiene el gusto de informarle que su trabajo “ O ENSINO DE GEOGRAFIA DO ESTUDANTE TRABALHADOR NO PROJETO INTEGRAR: DIAGNÓSTICO DOS SABERES PRÉVIOS DE GEOGRAFIA NO INÍCIO DO PERCURSO FORMATIVO” ha sido aceptado para ser presentado. 

Esperamos poder contar con su presencia,
Le saludan cordialmente,

Lic. Karen Aguilar Mugica
Secretaria 
Dr. Eduardo Salinas Chávez
Comité Ejecutivo XV Encuentro de Geógrafos de América Latina