O educador cotidiano que recebe na Universidade uma formação acrítica, não criativa e, não raro, imbecilizante, é conduzido vida afora, dentro dos inúmeros compartimentos da desigualdade acadêmica no Brasil, a REPETIR, ano após ano, aquilo que aprendeu e aquilo que a máquina do sistema sobre a educação almeja que o educador faça: reproduzir sem pensar, aceitar sem discutir, trabalhar sem questionar e educar sem criar. De algum modo ele acaba sendo mais escravo do que o velho pedagogo das estatuetas gregas e mais desgraçado do que o mestre-escola da instrução mecânica.
Citação extraída do livro: `Para onde vai o ensino de geografia?` (1989) – organizado pelo geógrafo Ariovaldo Umbelino de Oliveira.
Escrito pelo psicólogo, mestre em antropologia social e doutor em ciências sociais Carlos Rodrigues Brandão.
Síntese muito representativa para os dias atuais, onde a formação de professores, em sua grande maioria está voltada para a manutenção do sistema em que vivemos. O que faz como que tenhamos alunos cada vez mais apáticos ao que acontece ao seu redor, pois recebe uma dose de conformismo dentro das salas de aula.
Precisamos mudar esta realidade, transformar nossos professores em verdadeiros militantes sociais, fazendo com que nossos alunos saiam de sala de aula prontos para enfrentar e transformar a sua realidade.
Um comentário:
Querido Kleicer, por isso que no nosso relatório vamos provar que esse "dinossauros", como vc mesmo diz, tem que sair das escolas ou mudarem sua forma de expressar conhecimentos. Espero que da nossa turma, todos sejamos "guerrilheiros" contra esse sistema nojento e podre.
Bjs da sua amiga Paloma.
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